quinta-feira, 20 de abril de 2017

As profecias do Príncipe Ribamar - Daniel Walker

Quem conheceu o Príncipe Ribamar da Beira-fresca, em Juazeiro do Norte, sabe que ele tinha quatro grandes empreendimentos, tidos por todos como sendo coisas fantasiosas: 
1) Fábrica de desentortar banana; 
2) Fábrica de fumaça; 
3) Mina de espermatozoides e 
4) Cavalaria marítima. 
Ninguém o levava a sério, e  ele morreu com muita gente acreditando tratar-se de mais um dos loucos da cidade. Mas isso pode não ser totalmente verdade, e talvez ele não tenha sido tão louco como se pensava. 
Explico. Na festa do aniversário de Padre Cícero, dia 24 passado, me encontrei no Memorial com minha amiga Rosângela Tenório e ela me esclareceu que a gente deveria dar uma nova conotação aos projetos mirabolantes do Príncipe Ribamar, pois ela achava que ele na verdade estava era fazendo profecias. E argumentou: a fábrica de desentortar banana seria  um novo tipo de banana hoje produzida, de forma reta (portanto desentortada), fruto de melhoramento genético. A fábrica de fumaça   poderia ser o gelo seco, hoje tão em uso para fazer fumaça nos shows. 
Ela até agora só havia decifrado dois dos projetos do Príncipe. Eu vi sentido na coisa, e depois de raciocinar  terminei suspeitando que a tal mina de espermatozoides,  seria hoje o banco de esperma que existe nos laboratórios de inseminação artificial. E  a cavalaria marítima bem que poderia ser os jet skys que atualmente invadem os mares e açudes do mundo todo. 
Então, se o meu raciocínio e o de Rosângela estiverem certos, o nosso saudoso Príncipe Ribamar era mais profeta do que maluco, pois seus projetos tidos ontem como coisa de doido, hoje poderiam ser explicados pela ciência como sendo profecias disfarçadas. 
E viva o Príncipe! O Nostradamus de Juazeiro.

3 comentários:

Rosângela Tenório disse...

Como diria o matuto: "Pois num é mermo Deniel". O príncipe estava mesmo profetizando. Lembro me bem, quando ia para a residência do meu primo Zé Camilo e o Príncipe passava e nos dizia: Vou derrubar esse bangalô até aí onde vcs estão sentadas,vou mandar alargar essa rua. Helba chorava e a gente sorria. Sempre lembro do príncipe Ribamar quando vou ao espetinho do Joata e encontro com amigos. Sabe porque? O papo é Juazeiro antigo, aí lembro de Dona Maria de Souzinha que não aguentava barulho em frente a sua casa e jogava pinico com mijo por baixo da porta. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, Saímos correndo. Do príncipe tem muitos relatos. Estou anotando todos. Julho vem aí e teremos o encontro dos ex-alunos salesianos e temos muito o que conversar.

Rommell Tenorio disse...

Legal. Não conheci, mas muitas histórias do príncipe.

UNI VERSOS ESMERALDINUS: VIDA E POESIA disse...

Não chamaria de profeta na expressão da palavra, mas um futurista ou mesmo um visionário.
Mas há um paralelismo muito proximista entre o futurista e o vate.
Ambos citam suas visões futuras comparando-as com os elementos de sua época presente.
Um profeta do Antigo Testamento descreve o automóvel mais de 300 anos antes de Cristo como algo assim: "Seus carros sem cavalos, se moviam em tresloucada velocidade e tinham olhos de fogo". Não sito o texto por não lembrar no momento onde se encontra, mas serve para demonstrar como eles descreviam o que via, na linguagem e elementos de sua época.