Quem conheceu o Príncipe Ribamar da Beira-fresca, em Juazeiro do Norte, sabe que ele tinha quatro grandes empreendimentos, tidos por todos como sendo coisas fantasiosas:
1) Fábrica de desentortar banana;
2) Fábrica de fumaça;
3) Mina de espermatozoides e
4) Cavalaria marítima.
Ninguém o levava a sério, e ele morreu com muita gente acreditando tratar-se de mais um dos loucos da cidade. Mas isso pode não ser totalmente verdade, e talvez ele não tenha sido tão louco como se pensava.
Explico. Na festa do aniversário de Padre Cícero, dia 24 passado, me encontrei no Memorial com minha amiga Rosângela Tenório e ela me esclareceu que a gente deveria dar uma nova conotação aos projetos mirabolantes do Príncipe Ribamar, pois ela achava que ele na verdade estava era fazendo profecias. E argumentou: a fábrica de desentortar banana seria um novo tipo de banana hoje produzida, de forma reta (portanto desentortada), fruto de melhoramento genético. A fábrica de fumaça poderia ser o gelo seco, hoje tão em uso para fazer fumaça nos shows.
Ela até agora só havia decifrado dois dos projetos do Príncipe. Eu vi sentido na coisa, e depois de raciocinar terminei suspeitando que a tal mina de espermatozoides, seria hoje o banco de esperma que existe nos laboratórios de inseminação artificial. E a cavalaria marítima bem que poderia ser os jet skys que atualmente invadem os mares e açudes do mundo todo.
Então, se o meu raciocínio e o de Rosângela estiverem certos, o nosso saudoso Príncipe Ribamar era mais profeta do que maluco, pois seus projetos tidos ontem como coisa de doido, hoje poderiam ser explicados pela ciência como sendo profecias disfarçadas.
E viva o Príncipe! O Nostradamus de Juazeiro.
3 comentários:
Como diria o matuto: "Pois num é mermo Deniel". O príncipe estava mesmo profetizando. Lembro me bem, quando ia para a residência do meu primo Zé Camilo e o Príncipe passava e nos dizia: Vou derrubar esse bangalô até aí onde vcs estão sentadas,vou mandar alargar essa rua. Helba chorava e a gente sorria. Sempre lembro do príncipe Ribamar quando vou ao espetinho do Joata e encontro com amigos. Sabe porque? O papo é Juazeiro antigo, aí lembro de Dona Maria de Souzinha que não aguentava barulho em frente a sua casa e jogava pinico com mijo por baixo da porta. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, Saímos correndo. Do príncipe tem muitos relatos. Estou anotando todos. Julho vem aí e teremos o encontro dos ex-alunos salesianos e temos muito o que conversar.
Legal. Não conheci, mas muitas histórias do príncipe.
Não chamaria de profeta na expressão da palavra, mas um futurista ou mesmo um visionário.
Mas há um paralelismo muito proximista entre o futurista e o vate.
Ambos citam suas visões futuras comparando-as com os elementos de sua época presente.
Um profeta do Antigo Testamento descreve o automóvel mais de 300 anos antes de Cristo como algo assim: "Seus carros sem cavalos, se moviam em tresloucada velocidade e tinham olhos de fogo". Não sito o texto por não lembrar no momento onde se encontra, mas serve para demonstrar como eles descreviam o que via, na linguagem e elementos de sua época.
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